Apesar de assoar (fazer força para fora) ser a primeira coisa que vem à nossa cabeça quando pensamos em um nariz escorrendo, o melhor a se fazer é fungar (fazer força para dentro, puxar a secreção para dentro).
Ao assoar o nariz, fazemos uma pressão positiva na cavidade nasal, que por consequência pode levar a secreção de volta para os seios nasais e até para as tubas auditivas.
O fungar é mais fácil e mais fisiológico. Temos cílios no epitélio, na mucosa do nariz que se movimentam levando tudo que é alérgeno (poeira, vírus, secreção) em direção à garganta, para ser deglutido ou expectorada. Então o fungar facilita o movimento desses cílios e respeita a fisiologia do sistema respiratório. Além disso, é muito mais fácil reproduzirmos o fungar, mesmo em bebês, de forma passiva, com algumas técnicas da fisioterapia respiratória.
Essa é uma dúvida muito comum no consultório: “se o bebê/criança não cospe a secreção, ela vai para o pulmão?” NÃO. Essa secreção vai ser deglutida (engolida), digerida no estômago e vai sair no cocô. É importante que ele tenha uma tosse eficaz para puxar a secreção da via aérea inferior (pulmões) e trazer até a boca e que ele fungue a secreção do nariz para desobstruir as narinas. Engolir não é um problema, é uma solução.
Publicado em 09/10/2024 às 11H16
É uma especialidade que visa tratar ou prevenir doenças que afetam o sistema respiratório em recém-nascidos e crianças. Através de técnicas manuais e com alguns equipamentos que auxiliam de acordo com as necessidades de cada paciente.
